Achar o que leva ao entendimento sempre é uma labuta. Estamos sendo ilustrativos ? Isto serve ou complica ? O famoso 'não precisa', 'menos é mais'... Neste trabalho, estas questões eram absorvidas a cada ensaio, cada passada - tenho que confessar que é difícil um corridão, sem eu parar. Agora, com o Álamo descobri uma forma simultânea que, acredito (!), ajuda no fluxo da interpretação, sem desconecta-lo do personagem e da partitura.
Quando eu vejo a Bel Garcia dirigir o "one of a kind" APROPRIAÇÃO®, penso sempre: - Deixa coisa fluir como ela. Mas ali tem 2 atores... No TALVEZ o outro, sou eu (... tb ele... )e o laptop... estas coisas estão amalgamadas... Na Cia. tinha uma época em que esta palavra dava conta de muita coisa... Épocas onde habitavam mais cabelos sobre a minha cabeça. Hoje luto para mantê-los.
Voltando...
Nas "repetições-ensaios" o embate é feroz... Aquele cara - o ator - não me deixa, questiona. Me põe na parede, em raciocínios que não fazem parte daquele momento (fazem??). Não importa, trabalhamos assim. Eu colocando-o no ficcional trilho enquanto este mesmo caminho eh re-discutido a cada passada e confirmado (como escolha) na cena realizada. Não tem aquilo agora vai assim...meio técnico.. Neste solo ou é ou não é !... Hamlet sempre bate a porta neste TALVEZ... MAY/BE. Em Rio Preto a tradução foi PERHAPS... Dei muita risada....
Esta profissão - Ator, e faço uma ressalva, de Teatro, trabalha constantemente a tal verdade do agora que se repete (repete??). Levanta-las , as verdades-mentiras, (sejam elas dramáticas ou pós drama, algo que ainda se define pra mim) esta na minha condição de parceiro nesta jornada diaria do palco...
Assim encontramos pérolas, interpretativas e/ ou imagéticas (prefiro este termo do que "simbólicas").
Cabe ao espectador entrar neste viés e perceber que para entrar neste lugar não adianta apenas comprar a passagem, ter na mão o cartão de embarque.... Existe sempre um algo a mais... antes e/ou depois do drink.
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